O que é prorrogação no futebol

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A prorrogação no futebol é um tempo adicional que pode ser usado para determinar o vencedor de uma partida que termina empatada ao final do tempo regulamentar. E nesse post vamos descobrir o que é prorrogação no futebol. 

É uma das muitas regras que têm impacto significativo na dinâmica e na estratégia do futebol, tendo sido criada para evitar o desconforto de um empate em jogos decisivos.

A prorrogação é uma prova de resistência para os jogadores e uma fonte de emoção e suspense para os torcedores. Ela tem o potencial de transformar o curso de um jogo e deixar uma marca indelével na história do futebol.

Ela é essencial na medida que pode decidir o destino de uma competição. 

Quer se trate de um torneio de copa local, uma liga profissional ou um torneio internacional como uma Copa do Mundo, a prorrogação é uma ferramenta crucial que garante que um jogo chegue a uma conclusão inequívoca.

Nesta análise aprofundada, iremos explorar o conceito de prorrogação, sua história, regras, papel em diferentes competições e impacto no jogo e nos jogadores. 

Independentemente do resultado da prorrogação, uma coisa é certa – ela tem um papel definitivo ao criar momentos épicos que são lembrados na história do futebol.

História da prorrogação no futebol 

A prorrogação no futebol, como conhecemos hoje, foi instituída no final do século XIX pela International Football Association Board (IFAB), uma organização responsável por determinar as regras do futebol.

A introdução da prorrogação foi feita para evitar empates em partidas decisivas, como finais de copas e torneios, que requeriam um vencedor claro. 

Com a prorrogação, tornou-se possível estender o tempo de jogo por mais 30 minutos – divididos em dois tempos de 15 minutos – caso o placar permanecesse empatado ao término dos 90 minutos regulamentares de jogo.

Um dos primeiros jogos de futebol conhecidos por ter usado a prorrogação foi a final da Copa da Inglaterra em 1875, proporcionando uma emocionante – e possivelmente cansativa – exibição de duas horas de futebol. 

Em 1968, a UEFA adotou a prorrogação para as suas competições, sendo seguida por outras organizações de futebol ao redor do mundo.

No início, não havia restrições sobre a quantidade de prorrogações que poderiam ser jogadas em uma partida. Entretanto, as regras foram refinadas ao longo do tempo para evitar a exaustão dos jogadores, limitando o jogo a uma única prorrogação.

Durante a Copa do Mundo da FIFA de 1990, foi instituída a regra do “gol de ouro” ou “gol dourado”, que terminava a partida assim que o primeiro gol fosse marcado no tempo extra. 

A ideia era incentivar as equipes a assumir uma postura mais ofensiva durante o tempo extra. Porém, a regra do gol dourado foi bastante criticada por favorecer o time mais defensivo e acabou sendo eliminada em 2004.

Um exemplo memorável de um jogo decidido na prorrogação ocorreu na final da Copa do Mundo de 2014, onde a Alemanha venceu a Argentina com um gol de Mario Götze no minuto 113. 

Outro exemplo seria o final emocionante do Campeonato da Europa de 2000, quando a França venceu a Itália com um “gol de ouro” controverso.

Portanto, a prorrogação provou ser uma importante adição às regras do futebol, proporcionando alguns dos momentos mais emocionantes e memoráveis da história do esporte. 

Ainda que tenha evoluído ao longo do tempo, seu papel central – decidir o resultado de uma partida quando o empate persiste após o tempo regulamentar – permanece o mesmo. 

Seja através do gol de ouro, gol de prata, ou simplesmente jogando os 30 minutos completos de tempo extra, a prorrogação no futebol continua a fornecer uma resolução para jogos equilibrados que, de outra forma, seriam considerados disputas não resolvidas.

Regras da prorrogação

As regras da prorrogação no futebol são relativamente simples, mas essenciais para o andamento do jogo. 

Se um jogo acaba empatado após 90 minutos de tempo regulamentar, entra-se no período de prorrogação, um adicional de 30 minutos divididos em dois tempos de 15 minutos. 

Não há intervalo entre o fim do tempo regulamentar e o início do tempo extra, apenas entre o primeiro e o segundo tempo de prorrogação.

No entanto, a prorrogação não é uma extensão do tempo normal – ela possui suas próprias regras e particularidades. 

Por exemplo, se um jogador recebe um cartão amarelo durante o tempo normal e mais um durante a prorrogação, ele é expulso, já que esses dois cartões acumulam-se como se fossem em uma mesma etapa do jogo.

Nos anos 90 e 2000, foi introduzida a regra do “golden goal” (gol de ouro) e a do “silver goal” (gol de prata), respectivamente. Ambas foram tentativas de tornar a prorrogação mais emocionante e menos desgastante para os jogadores. 

O gol de ouro significava que, assim que fosse marcado um gol na prorrogação, a partida acabava e o time que fizesse o gol era declarado vencedor. Já o gol de prata permitia que o jogo continuasse até o fim do tempo de 15 minutos no qual o gol foi marcado. 

Se a equipe adversária não conseguisse empatar até o fim desse tempo, o time que marcou primeiro vencia. As regras foram abolidas pela FIFA, antes da Copa de 2006, devido a sua impopularidade entre jogadores e fãs, que alegavam ser injustas e favorecerem o antijogo.

Quanto às substituições, as regras variam de acordo com a competição. Tradicionalmente, as equipes podiam fazer três substituições durante uma partida, incluindo a prorrogação, o que mudou depois da pandemia do covid 19, aumentando o número de substituições para cinco. 

No entanto, a FIFA introduziu uma regra que permite uma substituição adicional durante a prorrogação em algumas competições. 

Essa regra foi incluída para proteger a saúde dos jogadores, permitindo que as equipes substituam jogadores exaustos ou lesionados durante o tempo extra.

Uma diferença significativa entre a prorrogação e o tempo normal é a influência do desgaste físico e mental nos jogadores. 

Devido ao tempo adicional e ao esforço adicional exigido, a prorrogação coloca um desafio adicional sobre as capacidades físicas e a concentração mental, fazendo com que a estratégia, a tomada de decisões e a técnica dos jogadores sejam postas à prova em outro nível.

No mais, o objetivo principal da prorrogação permanece o mesmo do tempo regulamentar: marcar mais gols que o adversário para vencer a partida. 

Caso a prorrogação termine empatada, a partida é geralmente decidida através de uma disputa de pênaltis, adicionando ainda mais drama e tensão ao jogo. 

Assim, a prorrogação adiciona um elemento crucial ao futebol, oferecendo mais uma chance de vitória para as equipes e mais minutos de emoção para os fãs.

A prorrogação nas diferentes competições

A prorrogação é uma técnica adotada em vários torneios e ligas de futebol ao redor do mundo para evitar empates indesejados, especialmente em cenários de eliminatórias ou finais. No entanto, a maneira como ela é utilizada varia em cada competição.

Na Copa do Mundo da FIFA, por exemplo, a prorrogação é usada apenas quando uma partida termina empatada nos 90 minutos regulamentares durante as fases de eliminatórias. 

Se o empate persistir após a prorrogação, a partida parte para a disputa de pênaltis. Durante a Copa do Mundo de 1994, o Brasil atingiu uma famosa vitória contra a Itália nos pênaltis, após um jogo sem gols durante o tempo normal e a prorrogação.

Semelhante à Copa do Mundo, na Eurocopa, a prorrogação também é usada nos jogos de eliminatória ou final que terminam empatados. No entanto, se, após a prorrogação, o jogo ainda estiver empatado, seguem-se para os pênaltis para decidir o vencedor.

Os Jogos Olímpicos também utilizam a prorrogação nos jogos de eliminatória direta, e, novamente, se não houver um vencedor após esse tempo extra, a partida é decidida com penalidades.

No entanto, as regras variam por liga e país. Na Major League Soccer (MLS) dos Estados Unidos, por exemplo, a prorrogação não é usada na temporada regular. Jogos empatados após o tempo normal resultam em um ponto para cada equipe. 

Já na fase de playoffs, se um jogo termina empatado, ele vai para a prorrogação e, se necessário, disputa de pênaltis. A prorrogação também tem um papel interessante nas partidas de volta das competições eliminatórias. 

Em algumas ligas, se a prorrogação necessária na segunda perna (partida de volta) termina empatada, a regra do “gol fora de casa” era aplicada, o que significava que o time que marcou mais gols como visitante ao longo dos dois jogos avançava. 

No entanto, a UEFA anunciou a abolição dessa regra nas suas competições, a partir da temporada 2021-22, devido à controvérsia em torno de sua justiça. Com isso, a Conmebol também adotou a mesma regra para a Libertadores e a CBF com a Copa do Brasil. 

Embora a prorrogação possa ser fisicamente e mentalmente desgastante para os jogadores, ela sem dúvida adiciona um elemento emocionante ao futebol. 

Os fãs certamente apreciam o suspense adicional e a oportunidade de ver mais futebol, enquanto as equipes valorizam a chance extra de conseguir a vitória necessária. 

As diferentes abordagens para a prorrogação em várias competições também acrescentam uma camada interessante de complexidade e variedade ao esporte, demonstrando que as regras do futebol continuam a evoluir e a se adaptar a diferentes circunstâncias e necessidades. 

O futuro trará outras mudanças nas regras da prorrogação? Somente o tempo dirá.

Impacto da prorrogação no jogo

A prorrogação no futebol não só adiciona tempo extra ao jogo, como também adiciona uma nova dimensão de complexidade estratégica e tensiona a performance dos jogadores. Para começar, a prorrogação frequentemente afeta a estratégia do jogo. 

Para algumas equipes, o objetivo durante o tempo regulamentar pode ser simplesmente manter um empate e levar o jogo à prorrogação, especialmente quando confrontadas com um adversário considerado superior. 

Isso pode levar a uma estratégia defensiva durante o tempo regulamentar, seguida por uma ofensiva mais ambiciosa na prorrogação.

No entanto, a prorrogação é sobretudo um teste de resistência. Uma vez que os jogadores já deram o seu melhor durante os 90 minutos normais, os 30 minutos adicionais podem levar muitos jogadores aos seus limites físicos. 

O meio-campo, em particular, que normalmente percorre mais distâncias do que qualquer outra posição em campo, pode enfrentar um desafio maior. 

Consequentemente, a prorrogação frequentemente vê uma queda no ritmo do jogo, enquanto os jogadores lutam contra a fadiga.

O papel do condicionamento mental durante a prorrogação também é crucial. Para muitos jogadores, a prorrogação pode ser uma montanha russa emocional, com altos e baixos dependendo de como o jogo se desenrola. 

Isso pode afetar a tomada de decisões dos jogadores em campo, podendo levar a falhas cruciais ou momentos brilhantes de inspiração. Finalmente, a prorrogação pode ter um impacto significativo na moral das equipes. 

Uma equipe que estava perdendo durante o tempo regulamentar, mas conseguiu empatar e levar o jogo ao tempo extra, pode ter um impulso moral, enquanto a equipe adversária pode sentir um golpe em sua confiança.

Em suma, a prorrogação no futebol adicionou uma intensidade emocionante ao jogo, desafiando as habilidades, resistência e mentalidade dos jogadores. 

Muitas vezes, é o melhor exemplo de que, no futebol, não importa apenas a habilidade, mas também o coração.

A prorrogação é um recurso que faz parte do futebol 

Que não apenas eleva a emoção do esporte, mas também redefine as estratégias dos times e testa o fôlego dos jogadores. 

Ela adiciona um nível de complexidade e determinação, que não se vê frequentemente em outros esportes, marcando alguns dos momentos mais memoráveis e emocionantes da história do futebol.

Convidamos você, leitor, a compartilhar suas próprias experiências e opiniões sobre a prorrogação. 

Já esteve em um jogo que foi para a prorrogação? Qual partida memorizou para você a essência da prorrogação? Você acha que as regras atuais de prorrogação são adequadas ou acha que deveriam mudar?

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