Mancini: o lateral ídolo em Minas e na Itália

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Alessandro Faioli Amantino, mais conhecido como Mancini, é uma figura icônica no mundo do futebol brasileiro. Nascido em Belo Horizonte, em 1 de agosto de 1980, Mancini se mudou para Ipatinga com apenas quatro meses de vida e viveu lá até os 12 anos.

Foi então que retornou à capital mineira para jogar no infantil do Atlético Mineiro. Mancini construiu uma carreira notável, atuando como lateral-direito, meio-campista ou ponta-direita.

Seu apelido, que muitos erroneamente acreditam ser seu sobrenome, tem uma origem curiosa. Durante sua infância, sua avó costumava chamá-lo carinhosamente de Mansinho. 

No entanto, ao ingressar no Atlético Mineiro, o treinador Evaldo Cruz decidiu que Mansinho não soava como nome de jogador de futebol e adaptou o apelido para o estilo mais italiano,que seria Mancini.

Mancini começou sua trajetória futebolística atuando como lateral-direito, uma posição que ocupou durante seus anos no Brasil. No entanto, sua carreira tomou um rumo diferente ao se transferir para a Europa. 

Lá, foi utilizado de maneira mais ofensiva, desempenhando um papel semelhante ao de um ala. Essa mudança de posição foi bem recebida pelo jogador, que sempre preferiu atuar de forma mais avançada no campo. 

Seu talento e versatilidade rapidamente o destacaram, e ele se tornou um titular absoluto na equipe da Roma. 

Mancini não só conquistou a torcida com seu estilo de jogo dinâmico, mas também deixou uma marca duradoura no futebol europeu, consolidando-se como um dos grandes nomes do esporte.

Início da carreira em Minas Gerais

Mancini deu seus primeiros passos no futebol em Minas Gerais, onde rapidamente chamou a atenção por seu talento e determinação. Nascido em Ipatinga, iniciou sua carreira profissional no Atlético Mineiro em 1999, um dos clubes mais tradicionais do estado. 

Desde cedo, demonstrou habilidades excepcionais, especialmente na lateral direita, posição onde se destacou pela velocidade, precisão nos cruzamentos, um forte chute e capacidade defensiva.

No Atlético Mineiro, em 2002, Mancini não apenas consolidou sua posição como titular, mas também ganhou o carinho da torcida. Seu desempenho consistente e a dedicação em campo renderam elogios de técnicos e colegas de equipe. 

Durante sua passagem pelo clube, participou de campeonatos importantes, contribuindo significativamente para as campanhas do time em competições estaduais e nacionais.

Além das habilidades técnicas, Mancini mostrou um forte senso de liderança, inspirando seus companheiros com sua ética de trabalho e paixão pelo jogo. 

Sua atuação em Minas Gerais não passou despercebida, e logo surgiram oportunidades para ele mostrar seu talento em palcos maiores. 

O sucesso em Minas Gerais abriu portas para Mancini no cenário internacional. Sua performance chamou a atenção de olheiros europeus, que viram nele um potencial para brilhar fora do Brasil. 

Esse reconhecimento não apenas elevou seu status como jogador, mas também colocou Minas Gerais no mapa do futebol mundial, mostrando que talentos locais podem alcançar grandes feitos.

Assim, os primeiros anos de Mancini no futebol mineiro não apenas moldaram sua carreira, mas também estabeleceram as bases para seu futuro sucesso na Itália.

Mancini: carreira no futebol brasileiro

Foto: Esporte News Mundo

Em 2001, Mancini viveu um ano de intensas emoções e reviravoltas em sua carreira. Emprestado à Portuguesa, ele disputou a Copa do Brasil e o Campeonato Paulista, mas a insatisfação por não ser plenamente aproveitado o levou a buscar novos horizontes. 

Foi então que encontrou no São Caetano uma nova chance de brilhar. No Campeonato Brasileiro daquele ano, Mancini protagonizou uma jornada memorável. Com garra e determinação, ele ajudou o São Caetano a traçar uma campanha impressionante. 

O momento mais emocionante veio na semifinal, quando o destino o colocou frente a frente com o Atlético Mineiro, seu antigo clube.

Em um jogo carregado de tensão e significado, Mancini se destacou de maneira espetacular. Com uma assistência brilhante, ele foi peça-chave na vitória do São Caetano por 2 a 1, eliminando o Atlético Mineiro e avançando para a final. 

Aquele momento não foi apenas uma vitória esportiva, mas também uma prova de superação e resiliência. Mancini mostrou ao mundo que, mesmo diante das adversidades, é possível se reerguer e alcançar a grandeza.

Com isso, Mancini retornou ao Galo em 2002 , onde se consolidou totalmente na posição , assumindo a titularidade e o protagonismo naquele ano.

No Campeonato Brasileiro de 2002, Mancini escreveu seu nome na história de forma espetacular. Com uma performance arrebatadora, ele se tornou o maior lateral artilheiro de uma única edição do Nacional até então, marcando impressionantes 15 gols. 

Cada gol era um testemunho de sua habilidade, determinação e paixão pelo futebol. Mancini não apenas defendia; ele atacava com a mesma intensidade, transformando-se em um verdadeiro pesadelo para os adversários. 

Sua façanha não foi apenas uma estatística, mas um símbolo de sua incrível jornada e talento inquestionável. Mancini inspirou uma geração, mostrando que, com coragem e dedicação, qualquer obstáculo pode ser superado.

Esse período foi crucial para seu amadurecimento como jogador, preparando-o para desafios ainda maiores. Além disso, suas atuações solidificaram sua reputação como um dos melhores laterais do país, atraindo a atenção de clubes internacionais.

A ascensão meteórica de Mancini no futebol brasileiro refletiu sua dedicação e paixão pelo esporte. Cada clube pelo qual passou contribuiu para seu desenvolvimento, ajudando-o a se tornar um jogador completo e versátil. 

Sua trajetória no Brasil não apenas o preparou para a carreira internacional, mas também deixou uma marca indelével no futebol nacional, inspirando jovens jogadores a seguirem seus passos.

Transferência para o futebol italiano

Fonte: ge.globo.com

Em 2003, Mancini decidiu dar um passo importante em sua carreira ao aceitar uma proposta para jogar na Itália. 

Em 2003, Mancini chamou a atenção do diretor de futebol da Roma, Franco Baldini, e foi contratado pelo clube italiano. 

Inicialmente, foi emprestado ao Venezia, onde disputou 13 partidas. Logo após, retornou à Roma para substituir o compatriota Cafu, que havia se transferido para o Milan.

Após uma breve passagem pelo Venezia, Mancini chegou à Roma e rapidamente se tornou um ídolo. 

Durante cinco temporadas inesquecíveis na equipe italiana, ele foi uma peça fundamental, brilhando tanto no sistema defensivo quanto ofensivo, atuando como ponta-direita e ala. 

Logo em seu primeiro ano, conquistou os corações dos torcedores ao marcar um gol de letra espetacular contra a rival Lazio, sendo apelidado de “Tacco di Dio”, o Calcanhar de Deus!

Na temporada 2005-06, Mancini encontrou sua melhor forma e se consolidou como indispensável no time. A Roma se classificou para a Liga dos Campeões da UEFA, proporcionando a Mancini a chance de brilhar no mais alto nível do futebol mundial. 

Em 4 de fevereiro de 2006, ele teve uma atuação memorável, marcando dois gols na vitória por 3 a 0 contra o Parma.

Na temporada 2006-07, pela Liga dos Campeões da UEFA, Mancini marcou oito gols, incluindo um golaço contra o Lyon, da França. 

Esse mesmo ano foi ainda mais especial, pois Mancini celebrou seu primeiro troféu na Itália, ao conquistar a Copa da Itália com a Roma, derrotando a Internazionale na final e repetindo o feito no ano seguinte.

Em 26 de janeiro de 2008, Mancini mostrou mais uma vez seu valor, marcando o gol da vitória por 1 a 0 contra o Palermo. 

Sua trajetória na Roma foi marcada por momentos de pura magia e conquistas, eternizando seu nome na história do clube e no coração dos apaixonados pelo futebol.

A transferência para a Itália não apenas elevou o nível de seu jogo, mas também ampliou seus horizontes culturais e profissionais. 

Mancini aproveitou a oportunidade para aprender a língua e se familiarizar com a cultura italiana, o que facilitou sua adaptação dentro e fora de campo. 

Seu desempenho consistente na Roma rendeu elogios e consolidou sua posição como um dos melhores laterais da Série A.

Além disso, a mudança para a Itália abriu portas para Mancini em termos de visibilidade internacional. Suas atuações na Roma chamaram a atenção de outros grandes clubes europeus, aumentando seu valor de mercado e sua reputação no futebol mundial. 

Assim, a transferência para a Itália não apenas marcou uma nova fase em sua carreira, mas também solidificou seu status como um jogador de classe mundial.

Mancini: sucesso na série A italiana e retorno ao futebol brasileiro

Ao chegar na Itália, Mancini rapidamente se destacou na Série A, mostrando seu talento em um dos campeonatos mais competitivos do mundo. Na Roma, ele se tornou uma peça fundamental do time, contribuindo tanto na defesa quanto no ataque. 

Sua velocidade, habilidade nos dribles e precisão nos cruzamentos fizeram dele um dos laterais mais temidos pelos adversários.

Durante sua passagem pela Roma, Mancini ajudou o clube a conquistar a Copa da Itália em 2007 e 2008, além de desempenhar um papel crucial na campanha da equipe na Liga dos Campeões. 

Suas atuações consistentes e decisivas renderam elogios da imprensa e dos torcedores, que o consideravam um dos pilares do time. 

Mancini não apenas se adaptou ao estilo de jogo italiano, mas também o aprimorou, incorporando elementos técnicos e táticos que elevaram seu desempenho.

Além de suas contribuições em campo, Mancini mostrou um forte senso de liderança, orientando e motivando seus colegas de equipe. Sua presença no vestiário e sua ética de trabalho inspiraram muitos jogadores, consolidando sua posição como um líder natural. 

A combinação de habilidade técnica e liderança fez dele um jogador indispensável para a Roma durante sua estadia no clube.

O sucesso na Série A não apenas elevou o status de Mancini como jogador, mas também aumentou seu reconhecimento internacional. Clubes de toda a Europa começaram a notar seu talento, e ele se tornou um dos laterais mais cobiçados do mercado. 

Em 2008, muito cobiçado pelos principais clubes do mundo, Mancini optou por permanecer na Itália. No dia 10 de julho, assinou um contrato de quatro temporadas com a Internazionale, que pagou 13 milhões de euros pelo brasileiro. 

Mancini marcou seu primeiro gol com a camisa Nerazzurri em 16 de setembro de 2008, pela Liga dos Campeões da UEFA, contra o Panathinaikos.  O jogo, realizado em Atenas, terminou com uma vitória da Inter por 2 a 0. 

Em 1º de fevereiro de 2010, Mancini foi emprestado ao Milan, fazendo sua estreia no empate sem gols contra o Bologna. No entanto, sua passagem pela equipe Rossoneri não foi bem-sucedida, e ele retornou à Inter no final da temporada. 

Sem espaço no time de Milão, Mancini expressou o desejo de rescindir seu contrato e retornar ao Brasil para continuar sua carreira.

Após oito anos na Europa, Mancini foi anunciado como reforço do Atlético Mineiro em 5 de janeiro de 2011, pelo presidente Alexandre Kalil, assinando um contrato de três anos. Essa foi sua segunda passagem pelo clube onde foi revelado.

Mancini reestreou com a camisa do Galo em um amistoso contra o River Plate do Uruguai. No Campeonato Mineiro, teve boas atuações, mesmo com a derrota do Atlético para o Cruzeiro. No primeiro jogo da final, Mancini foi decisivo, marcando um belo gol.

Em 2012, destacou-se na pré-temporada, nos jogos-treinos e no Campeonato Mineiro, reacendendo a esperança da torcida atleticana de que ele reencontraria seu melhor futebol e ajudaria o clube que tanto ama.

Mancini também teve passagens por Bahia, América Mineiro e Vila Nova, onde ele veio a encerrar a sua carreira como jogador.

Legado e reconhecimento

Foto: Ass. de Com. Aymorés

Mancini deixou um legado duradouro tanto em Minas Gerais quanto na Itália, sendo lembrado como um dos grandes laterais de sua era. 

Em Minas Gerais, os torcedores do Atlético Mineiro ainda recordam com carinho suas atuações decisivas e seu comprometimento com o clube, o tornando um ídolo para a sua geração de torcedores do Galo, inclusive para esse que está escrevendo essa matéria . 

Sua passagem pelo futebol mineiro inspirou muitos jovens jogadores que sonham em seguir seus passos, mostrando que é possível alcançar o sucesso com dedicação e talento.

Na Itália, Mancini também alcançou um status de ídolo. Na Roma, ele se tornou referência para os torcedores, que admiravam sua habilidade em campo e sua liderança. 

Lá ele é sempre lembrado com muito carinho e teve seu nome eternizado na história , além do seu apelido de TACCO DI DIO

Além das conquistas coletivas, como as Copas da Itália, ele acumulou prêmios individuais que reconheceram sua excelência como jogador. 

Sua capacidade de influenciar o jogo tanto defensivamente quanto ofensivamente fez dele um dos laterais mais completos de sua geração.

O legado de Mancini vai além dos títulos e prêmios; ele deixou uma marca indelével no coração dos torcedores e no mundo do futebol. Sua dedicação, habilidade e liderança continuam a ser lembradas e celebradas, tanto em Minas Gerais quanto na Itália. 

Assim, ele consolidou seu lugar como um dos grandes ídolos do esporte, deixando um exemplo duradouro para futuras gerações.

Hoje Mancini está em um novo desafio no futebol, dessa vez como gestor do Sport Club Aymorés, de Ubá, na Zona da Mata. Mancini assumiu o comando do clube mineiro ao lado de outros ex-atletas: Wellington Paulo e Dênis.

O clube da Zona da Mata disputa o Módulo II do Estadual, com uma grande chance de acesso para a primeira divisão do Campeonato Mineiro de 2025. Consolidando assim a excelente gestão de Mancini e seus companheiros.

E nas 4 linhas Mancini ainda joga, só que dessa vez esta se arriscando no futevôlei, disputando a Liga Nacional de Futevôlei pelo Atlético Mineiro.

Em conclusão, a trajetória de Mancini 

Desde seus primeiros passos no futebol mineiro até seu sucesso na Itália, exemplifica a combinação de talento, dedicação e perseverança. Sua história inspira não apenas os fãs de futebol, mas também jovens atletas que sonham em alcançar grandes feitos no esporte. 

Mancini mostrou que, com trabalho árduo e paixão, é possível superar desafios e deixar um legado duradouro tanto em nível nacional quanto internacional.

Esperamos que este artigo tenha proporcionado uma visão detalhada e inspiradora sobre a carreira de Mancini, um verdadeiro ídolo em Minas Gerais e na Itália. Convidamos você a compartilhar suas opiniões e reflexões sobre a trajetória deste grande jogador. 

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Foto de capa- Fonte: lancesnuances.wordpress.com

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2 respostas

  1. Ficou sensacional essa matéria! Descreveu toda trajetória o Mancini de um maneira simples que nos prende a história. Parabéns!

    1. Oi Luiz! Que bom que você gostou da matéria e entendeu perfeitamente o que ela quis passar! Obrigado pelo seu comentário! Volte sempre!

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